Brasil lidera satisfação com benefícios da migração para nuvem

No Barômetro de Sucesso da Nuvem, promovido pela Unisys, o país obteve 66 pontos, 17 acima da média mundial e 10 pontos à frente do resultado Latam

Fatores como agilidade na entrega de serviços, redução de custos e mais segurança influenciaram as respostas de CIOS brasileiros quando questionados sobre o nível de satisfação com o processo de migração para nuvem, independente de qual etapa a companhia esteja nessa área. Essa situação levou o Brasil a liderar o primeiro Barômetro de Sucesso da Nuvem, realizado pela Unisys, com 66 pontos, 17 acima da média mundial. Esse ânimo também é refletido em outros países latinos, com a América Latina pontuando 56 pontos, sete pontos acima da média mundial. Nesse ritmo, em breve as empresas ganharão mais confiança para investir em mais inteligência em cloud e em gerenciamento e administração de ambientes heterôgeneos.

Globalmente, 30% dos pesquisados afirmou que suas expectativas ficaram abaixo do esperado, 42% dizem que atenderam ao previsto e 28% confessaram ter superado as expectativas. Quando se trata do mercado brasileiro, os percentuais são 15%, 37% e 48% respectivamente. Logo após o Brasil – e seus 66 pontos — está o México, com 60 pontos, a Colômbia, com 59 pontos, e os Estados Unidos, com 49%. O país asiático que desponta na liderança daquele continente é a Malásia, com 48 pontos, e na Europa está a Alemanha, com 47 pontos seguida do Reino Unido, com 44 pontos.

“O que me surpreendeu no resultado do Brasil foi o de que 95% dos pesquisados têm algum tipo de iniciativa de nuvem”, observou Guilherme Artuso, diretor responsável pelas ofertas de cloud na América Latina. Ele divide esse engajamento das empresas em três categorias, o cliente que usa algum tipo de app que já nasceu na nuvem, como Salesforce, aquele que ainda estuda mas já tem algum tipo de desenvolvimento em cloud, e, finalmente, o que já migrou boa parte dos seus sistemas e trabalha com ambiente de dados on demand.

A questão da segurança que já foi um grande obstáculo para adoção de cloud passa a ter um outro papel: 60% dos pesquisados concordam que os dados estão mais securos na nuvem agora do que quando utilizavam plataformas in-house. O levantamento diz que 64% consideraram que TI e segurança das informações estiveram á frente das expectativas quando se trata de organizar os dados, as aplicações e os processos em cloud. E, na prática, 77% disseram estarem satisfeitos com o desempenho nesse item. Mesmo assim, no período de transição, essa área continua preoocupando (46%), assim como a mudança de processos e procedimentos (34%) e a possibilidade de estender a transição mais do que o esperado (31%).

Em segundo lugar em termos de expectativas (50%) ficou a área de gerenciamento e redução de custos. No geral, 75% alcançou o que imaginava ou superou as projeções que havia feito para esse segmento. Nos benefìcios obtidos está ainda em terceiro lugar (74%) a inovação, em quarto lugar ficou a melhor experiência do consumidor (73%), seguido de mais agilidade para chegar ao mercado (72%).

Entre os pesquisados, a maior sensação de segurança (36% extremamente segura, 38% muito segura e 18% moderamente segura) ficou com a plataforma Google Cloud. Em seguida, nesse ranking, figura a Microsoft Azure, a Amazon Web Services, a Salesforce, cloud privada Rackspace, Service Now e Alibaba Cloud.

“Podemos dizer que o próximo passo para essas empresas deverá sera integração de diversas nuvens em um mesmo local para administração de ambientes heterogêneos. Depois, por não ter mais dificuldades de processamento, a tendência é de levar mais inteligência para a nuvem, com a IA (Inteligência Artificial), maior nível de automação e serviços, como bots, sendo deslocados para a nuvem”, ressaltou Artuso. Na opinião do executivo, a decisão sobre o processo de migração para cloud não está mais restrito á área de tecnologia mas necessita vir de uma integração com o departamento de negócios.

Para o presidente da Unisys Brasil, Eduardo Almeida, as companhias brasileiras já compreenderam que a nuvem se apresenta como mais uma vantagem competitiva para acelerar o processo de transformação digital. A competição, por sinal, foi uma preocupação manifestada por 56% dos líderes de negócios da América Latina. O uso de multicloud, por sua vez, ainda é baixo (24%) no Brasil, repetindo o padrão mundial. No entanto, os usuários de multicloud disseram que enxergam a nuvem como elemento essencial para manter a competitividade:

Em sua primeira edição, o Barômetro de Sucesso na Nuvem entrevistou mais de 1.000 líderes seniores de TI e de negócios em 13 países entre agosto e setembro de 2019. A Unisys avaliou atitudes em uma ampla gama de questões de desempenho da nuvem e criou um barômetro com base no feedback da pesquisa.

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Wanise Ferreira

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