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Desempenho

Brasil fica na lanterna de ranking de políticas para computação em nuvem

País carece de legislação de privacidade de dados. Apesar da posição, país progrediu desde 2013, segundo BSA The Software Alliance

shutterstock_Niyazz_nuvem_datacenterEstudo divulgado nesta terça-feira, 26, pela BSA – The Software Alliance coloca o Brasil em 22º lugar em ranking com 24 países que avalia políticas relacionadas à computação em nuvem de cada um deles com base na performance em sete áreas. As nações avaliadas representam cerca de 80% do mercado de TI.

Apesar de ter permanecido na antepenúltima colocação, o Brasil progrediu desde a última edição do estudo, em 2013, passando de 44,1 para 48,5 pontos. As duas primeiras posições ficaram com Japão e Estados Unidos.

“É promissor que o Brasil tenha aumentado sua pontuação. Entretanto, o fato do país ter políticas que dificultam a inovação através da computação em nuvem mostra que ainda há muito trabalho a ser feito”, afirma a presidente e CEO da BSA, Victoria Espinel.

Quase todos os países realizaram melhorias em suas políticas relacionadas à computação em nuvem desde o relatório de 2014. Entretanto, a lacuna entre os países com as melhores, intermediárias e piores colocações aumentou.

Segundo o estudo, o Brasil tem fraquezas legais, uma das principais razões para que o país permaneça nas últimas posições da lista. “Não há legislação apropriada e balanceada para assegurar a privacidade de dados. Também existem lacunas na área de proteção à propriedade intelectual e os processos judiciais são muito lentos, o que prejudica os detentores de direitos autorais”, diz o relatório. O Brasil avançou principalmente nas áreas de segurança, infraestrutura e liberdade na internet.

No que tange à colocação geral, os países que mais progrediram foram a África do Sul (subindo seis posições) e o Canadá (subindo cinco posições). Três dos países colocados entre as últimas posições – Tailândia, Brasil e Vietnã – continuaram a demonstrar progresso. Os maiores mercados de TI do mundo, como Japão, Estados Unidos e Alemanha, permaneceram estáveis, com ganhos moderados.

No entanto, tendências negativas também emergiram. Por exemplo, países como Rússia e China impuseram novas políticas que limitam a capacidade dos prestadores de serviços de mover dados através das fronteiras causando obstáculos à computação em nuvem.

Ranking Completo:

  1. Japão
  2. Estados Unidos
  3. Alemanha
  4. Canadá
  5. França
  6. Austrália
  7. Singapura
  8. Itália
  9. Reino Unido
  10. Polônia
  11. Espanha
  12. Coréia
  13. Malásia
  14. África do Sul
  15. México
  16. Argentina
  17. Rússia
  18. Índia
  19. Turquia
  20. Indonésia
  21. Tailândia
  22. Brasil
  23. China
  24. Vietnã

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