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Com redes de fibra e 5G, Brisanet vislumbra crescer no B2B

Segmento corporativo representa menos de 10% da receita de banda larga da operadora; empresa acredita que dispõe de infraestrutura de suporte para serviços em nuvem e redundância de conectividade
Brisanet aponta oportunidades para crescer no segmento B2B
Brisanet acredita que pode crescer no B2B com 5G, fibra e data centers (Crédito: Divulgação)

Com uma história dedicada ao varejo – tanto no fornecimento de banda larga fixa via fibra óptica e, mais recentemente, na ativação do 5G –, a Brisanet acredita que pode abocanhar uma fatia maior no segmento B2B com serviços de telecomunicações. Apesar de o segmento corporativo não ser o carro-chefe dos investimentos em 2024, a operadora vislumbra formas de ganhar participação nesse mercado.

“Temos potencial para ser bem mais competitivos do que qualquer competidor no B2B”, afirmou José Roberto Nogueira, fundador e CEO da Brisanet, nesta quinta-feira, 21, em conferência com analistas de mercado. “Não precisamos fazer altos investimentos para ter acesso B2B, pois a fibra já passa em casas e prédios. E estamos vendo uma nova oportunidade no mundo dos serviços em nuvem”, destacou.

No ano passado, os serviços corporativos da operadora geraram uma receita de R$ 116,8 milhões. A divisão cresceu 67% em 2023, na comparação com o ano anterior. “Esse percentual tem como reflexo a ampliação e a presença em cidades maiores”, diz a Brisanet, em trecho do balanço financeiro.

No entanto, o B2B ainda corresponde a menos de 10% do faturamento de banda larga do grupo (9,1% em 2023, para ser exato).

Segundo Noguera, a operadora dispõe de alguns trunfos para alavancar a operação corporativa. Além de aproximadamente 62 mil km de cabos ópticos de redes FTTH (fibra até a casa) e mais de 38 mil km de backbone, a empresa conta com 287 minidata centers ao longo da região Nordeste.

“Podemos espalhar esses equipamentos em cidades polo para ficar mais competitivos para ofertar serviços em nuvem”, disse o executivo.

Nogueira também lembrou que as aplicações de Inteligência Artificial (IA) exigem uma maior capacidade de processamento dos terminais de acesso, como smartphones. Além disso, mencionou que, até o fim deste ano, o mercado deve ofertar celulares 5G por R$ 500, mas os modelos de entrada devem ter recursos limitados para a IA.

“Esses dispositivos vão precisar de equipamentos para ter processamento. Não é para agora, mas é uma possibilidade para o futuro. Esses data centers têm capacidade para armazenar mais dados do que os que ficam ao longo da costa brasileira”, ressaltou.

FWA para pequenas empresas

O CEO ainda apontou que a Brisanet avalia ofertar o serviço 5G para pequenos e médios negócios. Em sua avaliação, a quinta geração móvel pode atuar como uma rede de redundância, tendo em vista que escritórios e estabelecimentos comerciais costumam ser atendidos por conexões de banda larga fixa.

Na mesma conferência com analistas, Nogueira disse que a operadora planeja lançar planos de FWA, solução que usa o sinal 5G como internet fixa, dispensando a instalação de cabos.

“A Brisanet vai entrar com o preço equivalente ao da banda larga fixa para ter redundância. O 5G vai ampliar o mercado B2B para a empresa, até porque, no interior, as grandes não vão estar e os pequenos não têm frequência”, assinalou o executivo.

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