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Juro alto contribui para queda de 30% nas tentativas de fraude em março

Menor busca por crédito fez com que atuação de golpistas diminuísse na comparação anual, diz Serasa Experian; ainda assim, bancos e cartões continuam sendo os maiores alvos
Juro alto reduz tentativas de fraude em março
Sintoma do juro alto, menor busca por crédito derruba tentativas de fraude em março (crédito: Freepik)

Em março deste ano, 272.792 tentativas de golpes foram aplicadas contra consumidores e empresas no País. A quantidade aponta alta de 15,2% na comparação com o mês de fevereiro, segundo a Serasa Experian. Por outro lado, o Indicador de Tentativas de Fraude mostra uma queda de 30% na comparação com março do ano passado.

De acordo com Caio Rocha, diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, o aumento mensal em março é natural. Como o carnaval aconteceu em fevereiro, o segundo mês do ano teve menos dias úteis, o que reduz o tempo de atuação dos fraudadores.

“Tendo em vista esse contexto, é interessante perceber a baixa de 30% na relação anual. Um dos fatores que pode ter ocasionado a queda é a desaceleração da busca por crédito, pois com menos transações acontecendo, as oportunidades diminuem”, diz o diretor.

Atualmente, a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, está em 13,75% ao ano, patamar considerado alto e que, portanto, inibe as contratações de crédito.

Principais alvos

Os dados da Serasa Experian indicam que o segmento de bancos e cartões segue sendo o mais visado nas tentativas de golpe, respondendo por 46,7% do total de investidas em março.

Na avaliação da instituição, isso se deve ao avanço tecnológico, uma vez que as transações em ambiente digital continuam crescendo. “Além disso, se a fraude for efetivada, os golpistas têm a certeza de um rápido retorno financeiro, o que torna a categoria uma das favoritas para a aplicação de golpes”, explica Rocha.

Nas estatísticas de fraude, o setor de serviços fica em segundo lugar, com 27,2% das tentativas. Empresas dos setores financeiro (20,5%), varejo (4,2%) e telefonia (1,4%) aparecem na sequência.

São Paulo, o estado mais populoso do País, é o mais impactado com as tentativas de fraude. Em números, o território paulista superou, em março, por mais de três vezes (84.155) o segundo lugar, o estado do Rio de Janeiro (27.562). Minas Gerais (24.807), Paraná (19.657) e Rio Grande do Sul (14.738) vêm logo atrás.

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