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Balanço

Com B2B e B2C em alta, lucro da Brisanet avança 44% no 3º trimestre

Receita líquida da operadora nordestina cresceu 22% no período, em razão do aumento da base de assinantes; EBITDA ajustado tem alta de 26,1%, enquanto churn registra ligeira queda anual
Brisanet tem alta no lucro no 3º trimestre de 2023
Aumento da base tem impacto positivo sobre o lucro e a receita da Brisanet no 3º trimestre (crédito: Brisanet/Divulgação)

A Brisanet divulgou, na noite desta segunda-feira, 13, os resultados financeiros do terceiro trimestre deste ano, período em que registrou lucro líquido de R$ 31,7 milhões, alta de 44% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado (R$ 22 milhões).

A operadora destacou que o lucro avançou em razão do “maior resultado gerado pelas operações no período”. Nota-se que, no período de julho a setembro, a receita líquida da empresa cresceu 22%, na comparação anual, chegando a R$ 310,5 milhões.

“Isso se deu principalmente em função do aumento do número de assinantes – que se ampliou em 21% entre os períodos – e do aumento das receitas B2B”, informou a operadora nordestina.

No caso, o faturamento bruto do serviço de banda larga avançou 18,7%, totalizando R$ 325,1 milhões. As operações B2C, responsáveis por mais de 83% da receita, avançaram 15,9%, alcançando R$ 295,7 milhões. Já o B2B teve alta interanual de 56%, somando R$ 29,4 milhões ao fim do terceiro trimestre.

A telefonia fixa e outros serviços, incluindo as operações da subsidiária Agility Telecom, alcançaram receitas de R$ 9,7 milhões (alta de 16,9%) e R$ 18,3 milhões (80,3%).

Operacional

No terceiro trimestre, a Brisanet adicionou 211 mil casas passadas (HPs, na sigla em inglês) e 47 mil clientes de banda larga fixa. Com isso, chegou a 6,95 milhões de HPs e 1,256 milhão de assinantes. Em termos percentuais, a base de clientes, na comparação anual, cresceu 21%.

A companhia aproveitou o informe financeiro e adiantou que ganhou 10,4 mil acessos em outubro, totalizando 1,267 milhão.

Sutilmente, a operadora, que vem reafirmando a meta de fechar o ano com 1,3 milhão de clientes, destacou que espera chegar “ao final de 2023 perto” dessa marca. Como desafios, a empresa citou a inflação e a competição por preços mais baixos na região.

Churn e ARPU

A Brisanet fechou o terceiro trimestre com uma taxa de churn (rotatividade de clientes) de 2,24%. O índice é 0,19 ponto percentual inferior ao do mesmo período do ano passado (2,43%).

A receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) ficou em R$ 90,93. O valor representa alta de 2,4%, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, e queda de 1,2%, ante o terceiro trimestre de 2022.

“A maior participação de streamings nos pacotes explica esse crescimento [ante o segundo trimestre]. Contudo, a redução do poder de compra, reflexo da inflação acumulada desde agosto de 2021, tem deixado o ARPU mais estável e com oscilações de mix”, explicou a companhia.

EBITDA, capex e dívida

Na comparação anual, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 26,1%, somando R$ 149,6 milhões. A empresa salientou que o indicador foi impactado por um ajuste decorrente do reconhecimento de uma dívida tributária relativa ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop).

A margem, com isso, ficou em 47,9%, alta de 1,3 ponto percentual ante a registrada no terceiro trimestre do ano passado (46,6%).

De janeiro a setembro, a companhia investiu, levando em conta ativos imobilizados e intangíveis, R$ 331,7 milhões, ante R$ 741 milhões nos nove primeiros meses de 2022. Assim, o capex teve queda de 55,2%.

O balanço ainda mostra que a Brisanet fechou o terceiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 738 milhões, montante 0,8% inferior ao apurado há um ano (R$ 743,8 milhões).

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