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Americanos cobraram de Eduardo Bolsonaro aprovação do PLC 79

Deputado, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, apoia a mudança do marco regulatório de telecomunicações, diz Daniel Vilela (PMDB-GO)

O deputado Eduardo Bolsonaro se reuniu com diferentes interlocutores nos Estados Unidos durante a viagem que realizou em novembro e, em ao menos uma das reuniões, ouviu cobranças sobre a mudança no marco regulatório de telecomunicações. Especificamente, foi-lhe pedido que o novo governo trabalhasse pela aprovação do PLC 79, que aguarda votação no Senado Federal, conforme relatos do autor do projeto da Câmara que deu origem ao PLC 79, o deputado Daniel Vilela (PMDB-GO, na foto).

Vilela se encontrou com Eduardo Bolsonaro após o retorno. Na ocasião, o filho do presidente eleito disse apoiar o texto e compreender a importância do texto para destravar investimentos. Vilela relatou o encontro, ocorrido em Brasília, na tarde desta sexta-feira, durante o evento F4 Summit, realizado em São Paulo.

“Conversei com o deputado Eduardo Bolsonaro e mostrei que é uma microrreforma com potencial de transformar o país. E ele disse que foi cobrado em Washington para aprovar o PLC 79, para o Brasil ter atratividade de investimentos”, falou Vilela a uma plateia de executivos do setor.

Este ano não sai

O deputado admitiu, porém, que não acha possível o PLC 79 ser votado ainda neste ano. “Não temos mais expectativa de que o PLC 79 seja aprovado este ano. Eunício não quis colocar em votação”, afirmou.

Para ele, também o secretariado do futuro governo tende a defender o texto como está. “O PLC 79 já é do conhecimento dos principais atores dos futuros ministérios da Comunicação e Fazenda. Paulo Guedes escolheu o Marcelo Garanys, que cuidava desse projeto na Casa Civil, conhece o setor, como secretário executivo da Fazenda. Há condição viável de votar já no início do ano que vem”, disse.

Vilela também acredita que, com a saída de Eunício Oliveira e escolha de novo presidente no Senado, o projeto será destravado. “O texto já está pronto para voltar ao plenário. Se o presidente do Senado for Renan Calheiros, tem chance de pautar pois ele sempre foi a favor do texto”, observou.

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