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Hospital da USP vai testar aplicações do 5G na área de saúde

Com coordenação da Deloitte, o projeto irá construir rede privativa no modelo de OpenRAN e objetiva promover pesquisa na área da engenharia e medicina
Crédito: Freepik. Saúde
Crédito: Freepik

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) formou parceria com ecossistema de tecnologia, telecomunicações, governo, universidade e instituição financeira para testar a 5G na saúde. Em iniciativa do InovaHC, núcleo de inovação do complexo hospitalar, o projeto OpenCare 5G tem coordenação da Deloitte. No âmbito da engenharia, o projeto promoverá a construção de uma rede privada no conceito Open RAN.

“O objetivo é testar a tecnologia Open RAN utilizando casos reais e analisar como a conectividade do 5G pode auxiliar em diversas áreas da medicina, colaborando para melhorar a jornada do paciente e prover mais acesso aos serviços de saúde“, informou o diretor de Inovação do Hospital das Clínicas, Marco Bego.

O OpenCare 5G visa atrair investidores dos setores de tecnologia, telecomunicações e indústria farmacêutica. Objetiva ainda promover pesquisas na medicina e engenharia e fomentar o ecossistema de tecnologia nacional, por meio das medtechs e healthtechs.

Para testar a latência, o projeto usará como piloto exames de ultrassom e pré-laudos de tomografia e raios X de tórax, ressonância magnética de próstata e de crânio, e a radioterapia. Os casos de uso do 5G na saúde serão testados nas dependências do HC em até seis meses com início previsto para janeiro de 2022.

Participantes

A parceria reúne atores que têm em comum a criação de soluções baseadas em tecnologia. O projeto conta com participação do Itaú Unibanco, Siemens Healthineers, NEC, Telecom Infra Project (TIP), Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

A Siemens Healthineers participa do projeto OpenCare 5G com duas soluções. A AI Rad Companion possibilita aumentar a produtividade de exames, como os pré-laudos de tomografia e raios X, ressonância magnética e radioterapia. A ideia é que o tempo de aquisição de imagens diminua com a 5G, além de melhorar a qualidade de imagem para o diagnóstico. A segunda solução, o syngo Virtual Cockpit (sVC) controla à distância equipamentos de ressonância magnética e tomografia computadorizada.

O Itaú Unibanco fornecerá sua expertise em tecnologia, como o banco  a utilizar o Open RAN para trazer conexão 5G. A instituição irá alocar parte do seu data center para projetos pilotos. “Iremos utilizar nossa infraestrutura e especialistas para explorar as possibilidades que um sistema inovador como o Open RAN e a aplicabilidade da tecnologia 5G oferecem”, diz o diretor de Tecnologia no Itaú Unibanco, Fábio Napoli.

O Telecom Infra Project (TIP) consiste em um comunidade global de provedores de serviços, parceiros de tecnologia e integradores de sistemas.  Eles estão conduzindo soluções de infraestrutura para desenvolvimento, testagem e implantação de soluções abertas. O TIP traz os equipamentos e a expertise para implantação do sistema Open RAN.

A NEC atuará como o integrador de sistemas da camada de rede. Ou seja, fará instalação, configuração e comissionamento da rede 5G indoor no ambiente do InovaHC e Data Center do Itaú Unibanco. A companhia também liderará o desenho e a arquitetura de rede, além de realizar a interface junto a todos os fornecedores de equipamentos e softwares.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) deverá estimular a adoção de novas tecnologias e de novos modelos de negócios. A ABDI já realiza, junto à Anatel, testes do uso de 5G em redes privativas na área industrial, do agronegócio e de cidades inteligentes.

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) também embarcou no projeto. A instituição será responsável pela arquitetura do sistema e pela metodologia de pesquisa. (Com assessoria de imprensa)

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