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Regulação

Anatel aprova liberação da faixa 3,5 GHz nas capitais até 28 de outubro

Com mais prazo para liberação da faixa para o 5G, operadora também ganham mais tempo e poderão ligar as redes até o final de novembro.
(Crédito:Freepik)

A conclusão da liberação da faixa de 3,5 GHz para o 5G em todas as capitais foi adiada para 28 de outubro – antes, estava prevista para 29 de setembro. O novo prazo foi aprovado em circuito deliberativo pelo Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na tarde desta quinta-feira, 18.

Mais cedo, em coletiva do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi), ficou confirmada a liberação da faixa de 3,5 GHz em quatro novas capitais a partir de segunda-feira, 22:  Rio de Janeiro (RJ), Palmas (TO), Florianópolis (SC) e Vitória (ES).

O 5G já está em fase de implementação em Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

A postergação do prazo foi solicitada pela Entidade Administradora da Faixa (EAF). “Tal medida foi necessária para permitir a conclusão das ações de desocupação da faixa e mitigação de eventuais interferências na recepção das estações do Serviço Fixo por Satélite (FSS)”, informou a Anatel em nota.

Ainda de acordo com a agência, “permanece a possibilidade de antecipação por decisão do Gaispi, mesmo nessas cidades, desde que adotadas as medidas necessárias por parte da EAF”.

Demanda de filtros cresceu

De acordo com o CEO da EAF, Leandro Guerra, estão entre os fatores que impactam no cronograma de liberação da faixa de 3,5 GHz a “demanda maior de filtros associada a uma dificuldade do mercado de entregar mais equipamentos”. Ele falou sobre o tema durante live promovida pelo Tele.Síntese na última segunda-feira, 15.

Guerra explicou que o aumento da demanda está influenciado por dois fatores. Um deles é a mudança na especificação dos filtros para a classe de estações abaixo de 3.800 MHz. “Isso colocou a EAF com pedidos novos no mercado para poder atender essa demanda nova, porque é uma especificação que foi redefinida [no início de julho] e nós tivemos um planejamento de entrega desses filtros, que tem seguido com alguma dificuldade em função da linha de produção estar comprometida na Ásia”, disse o CEO.

De acordo com Guerra, a EAF identificou também que as antenas de recepção de satélites que têm dupla polarização exigem mais filtros. Considerando todas as questões técnicas, foram necessários 400 novos conjuntos de filtros, aproximadamente.

“Para se ter uma ideia, quando nós recrutamos Brasília, existia uma relação para estação abaixo de 3.8 MHZ da ordem de 1.9, ou seja, quase 2 filtros por estação cadastrada. Quando nós chegamos em São Paulo, essa relação tinha subido para 2.4, um aumento em função da necessidade de campo. Agora, quando chegamos na última etapa, que é Salvador e Goiânia, essa relação subiu para 4 filtros por estação cadastrada operando abaixo de 3.800 MHz. Em Curitiba essa relação chegou perto de 6”, afirmou o CEO da EAF.

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