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Leilão 5G: Brisanet apoia modelo da Anatel, mas quer mais tempo para metas

Segundo a operadora, devido à crise provocada pelo coronavírus, alguns ISPs estão enfrentando até 50% de inadimplência nas contas, e por isso, terão mais dificuldades para cumprir as metas de cobertura nos prazos sugeridos pela agência.

A Brisanet, maior operador regional do país, demonstrou que apoia fortemente o modelo de licenças regionais para as frequências de 5G proposto pela Anatel em sua consulta pública sobre o leilão. Para a empresa, a reserva de 60 MHz da frequência de 3,5 GHz exclusivamente para os operadores de pequeno porte, com licenças fatiadas em sete áreas do país, irá acelerar a interiorização da nova tecnologia.

A empresa pede, contudo, que seja modificada a cláusula do edital que estabelece que somente empresas com licença de SMP (ou de telefonia móvel celular) possam participar da disputa. Para a companhia, deve-se estender a permissão para operadoras com qualquer licença de serviços de telecomunicações, principalmente de SCM (banda larga fixa), até porque a nova tecnologia permite também que seja ofertado o serviço conhecido como FWA (fixed Wireless Acess), ou acesso fixo sem fio.

Embora considere também acertada a proposta da agência, de estabelecer que 90% dos gastos com a frequência devem ser convertidos em investimentos em metas de cobertura, a Brisanet alega que a pandemia do coronavírus tem provocado inadimplências de até 50% entre os ISPs e estima que serão necessários 12 meses para que as empresas possam recuperar o faturamento anterior à crise. Por isso, pede à Anatel que também sejam prorrogados, em um ano, os prazos para o atingimento das metas de cobertura. Na consulta pública, os prazos finais para os ISPs atenderem às metas (atendimento a cidades menores com tecnologia 4G, entre outros) são 2023 e 2025. A operadora propõe o adiamento para 2024 e 2026.

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