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Procuradores dos EUA querem barrar venda de MVNO da América Móvil para a Verizon

Para representantes dos estados, venda poderá resultar em aumento de preços e redução da competição no mercado móvel do país

Uma das maiores transações de venda de uma operadora móvel virtual no mundo pode naufragar, a depender da intenção de procuradores dos estados norte-americanos. Um grupo de 17 procuradores gerais entrou com um pedido na FCC, autarquia que regula as telecomunicações no país, para barrar a venda da Tracfone para a Verizon.

A Tracfone é uma operadora móvel virtual (MVNO) pertencente ao grupo América Móvil, do bilionário Carlos Slim. O grupo também é dono da Claro na América Latina, inclusive no Brasil. A MVNO usa a rede da própria Verizon, tem 90 mil lojas e é especializada no atendimento ao público de baixa renda. Tem na carteira de 21 milhões de clientes. Se a venda for concluída, a Verizon pagará US$ 6,9 bilhões à América Móvil, parte em dinheiro, parte em ações.

Para os procuradores, a compra da MVNO pela Verizon vai reduzir a competição nos EUA. A FCC já negou rito sumário para a aprovação do negócio. Segundo o grupo, as empresas não explicaram ainda como ficará a sociedade após a venda e quais reflexos haverá sobre preços praticados.

Para os representantes dos governos dos estados, a FCC precisa impor condições que protejam o consumidor, ou vetar a venda. Eles apontam que a Tracfone é uma das empresas com maior número de clientes que assinam planos de telefonia móvel subsidiados pelo governo.

Segundo a Verizon, a estratégia, com a aquisição, é crescer sua penetração na fatia de menor valor do mercado dos EUA. A companhia afirma que prosseguirá vendendo planos que se enquadram nas regras para subsídio do governo. (Com agências internacionais)

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