Roubo de criptomoedas soma R$ 19 bi em 22, diz pesquisa

Os criminosos extraviaram  R$ 19,2 bilhões, de empresas que operam ativos digitais. Um crescimento de 15% comparado com 21, diz pesquisa da Chainalysis
Roubo de criptomoedas bate recorde em 22 - Crédito: Freepik
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Segundo pesquisa realizada pela Chainalysis, 2022 foi o ano que registrou aumento do roubo de criptomoedas, quando mais hackers  tiveram sucesso. Os criminosos extraviaram  R$ 19,2 bilhões, cerca de  US$ 3,8 bilhões, de empresas que operam ativos digitais. Um crescimento de 15% comparado com os US$ 3,3 bilhões de 2021.

Outubro foi o mês de destaque, com um total de US$ 775 milhões roubados em 32 ataques, o mês foi o mais lucrativo aos assaltantes, com destaque para os roubos da BNB Chain e do Mango Markets. Março ocupa o segundo lugar no pódio, o prejuízo no mês atingiu US$ 733 milhões, impulsionados em grande parte pelo ataque da Axie. 

Contudo, com o relatório Crypto Crime de 2023 da Chainalysis, os dados revelam também uma mudança no alvo dos ataques. Até 2020, os hackers visavam principalmente as exchanges centralizadas; agora, entretanto, as principais vítimas do roubo de criptomoedas operam em protocolos de Finanças Descentralizadas (ou DeFi), que correspondem por cerca de 82,1%, ou 3,1 bilhões de dólares, de todas as criptomoedas roubadas em 2022.

Segundo Kim Grauer, diretora de pesquisa da Chainalysis, a “DeFi é uma das áreas mais atraentes e com crescimento mais rápido do ecossistema de criptomoedas, em grande parte devido à sua transparência. Mas essa mesma transparência também é o que torna o DeFi tão vulnerável – os hackers podem escanear o código DeFi em busca de vulnerabilidades e atacar no momento perfeito para potencializar o roubo”.

“Os protocolos DeFi ainda são vitais para o futuro do ecossistema cripto, e sua transparência traz muitos benefícios importantes. Mas, para crescer, prosperar e eventualmente adentrar ao mainstream, esses protocolos devem priorizar a segurança”, acrescentou Grauer.

Por meio da investigação das atividades on chain,  concluiu-se que grupos ligados à Coreia do Norte foram os hackers mais ativos dos últimos anos. Em 2022, esses grupos roubaram cerca de US$ 1,7 bilhão  em criptomoedas em vários ataques diferentes. A Coreia do Norte também é a maior responsável pelo aumento dos roubos em protocolos DeFi: cerca de US$ 1,1 bilhão  em criptomoedas foi roubados por crimininosos ligados ao país no último ano, o que corresponde a aproximadamente ⅓ do volume global dos ataques hackers a protocolos DeFi.

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Da Redação

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