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Abert e entidades de imprensa “lamentam” uso que Bolsonaro faz das redes sociais

Abert, Aner e ANJ, lembram que papel do jornalismo é "acompanhar e fiscalizar os atos das autoridades".

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiram nota conjunta nesta segunda-feira, 11, na qual criticam a postura do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

Ontem, Bolsonaro repassou mensagem através de sua conta no Twitter no qual atribuiu frases à jornalista Constança Rezende, do jornal O Estado de S.Paulo. Usou como base um áudio reproduzido em vídeo, que, no entanto, não traz as afirmações que Bolsonaro alega terem sido proferidas por Rezende. O vídeo também cita, sem qualquer relação direta aparente, o pai da repórter, o jornalista Chico Otávio, de O Globo, que investiga a ação de milícias nos morros cariocas. A base para confecção do vídeo foi um post feito por um leitor do portal francês Mediapart – que, hoje, ressaltou a falsidade das alegações.

“A Abert, a Aner e a ANJ lamentam que o presidente da República reproduza pelas redes sociais informações deturpadas e deliberadamente distorcidas com o sentido de intimidar a jornalista e a liberdade de expressão”, afirmam as organizações.

Para as associações, há por trás do gesto o “objetivo de desqualificar o trabalho jornalístico, fundamental para os cidadãos e a própria democracia”. Afirmam ainda que a atitude de pintar a imprensa como inimiga “ignora o papel do jornalismo independente de acompanhar e fiscalizar os atos das autoridades públicas”.

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