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Balanço

Receita da Telefónica cresce em todos os mercados, mas não evita queda no lucro

Lucro da multinacional espanhola caiu 58% no primeiro trimestre deste ano; operação no Brasil, sob a marca Vivo, é o destaque do período
Telefónica tem queda no lucro, apesar de alta na receita no primeiro trimestre de 2023
Receita do Grupo Telefónica avança, mas lucro despenca na abertura de 2023 (crédito: Reprodução)

O Grupo Telefónica, dono da marca Vivo no Brasil, divulgou, nesta quinta-feira, 11, os resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano. O lucro líquido da companhia teve queda de 58%, totalizando 298 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,6 bilhão), impactado por aumento de custos operacionais, recompra de participação na Telxius e elevação de alugueis. No primeiro trimestre de 2022, o lucro tinha sido de 706 milhões de euros (R$ 3,8 bilhões).

Por outro lado, a multinacional espanhola informou que a receita avançou 6,7%, chegando a 10,04 bilhões de euros (R$ 54,18 bilhões). O faturamento cresceu em todos os mercados em que a companhia atua, com destaque para a alta de 12,1% no Brasil, como reportado pela Vivo nesta semana.

“No segmento móvel, a Vivo continua com a progressiva atualização de tarifas em um ambiente competitivo, mas mais racional. O churn de contrato se reduziu até alcançar níveis historicamente baixos”, diz a Telefónica, no informe financeiro.

“No segmento fixo, a companhia reforça a sua liderança com a proposta de valor de qualidade e serviços diferenciados em fibra. Assim, as conexões de FTTH alcançaram 5,7 milhões, 17% superior do que em março de 2022”, acrescenta.

Nos outros territórios, as vendas cresceram 8% na Alemanha, 1,3% na América Latina (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México) e 0,3% na Espanha. No Reino Unido, onde detém 50% da Virgin Media O2, a alta foi de 4,9%.

O resultado operacional antes de depreciação e amortização foi de 3,12 bilhões de euros (R$ 16,84 bilhões), queda de 2,4% na comparação interanual. A margem ficou em 31,1%, 2,9 pontos percentuais abaixo da registrada no primeiro trimestre de 2022 (34%).

O capex, incluindo espectro, somou 1,05 bilhão de euros (R$ 5,67 bilhões) no período de janeiro a março, o que indica alta de 3,1% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.

O Grupo Telefónica ainda informou que, em relação ao observado no período inicial de 2022, reduziu a sua dívida financeira líquida em 3,5%, para 26,44 bilhões de euros (R$ 142,67 bilhões).

“Iniciamos o ano com força, apesar dos desafios que enfrentamos. Seguimos executando o nosso plano estratégico e alcançamos mais um trimestre para acelerar o crescimento da receita, tanto em termos reportados como orgânicos”, afirma José María Álvarez-Pallete, presidente-executivo da Telefónica, em trecho do balanço financeiro.

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