5G móvel com ondas milimétricas ainda precisa evoluir, avalia empresa de testes

Corpo humano, plantas, vidro. Não faltam obstáculos para uso eficiente da alta frequência em celulares, afirma Rohde & Schwarz
O set-up do teste simulou uma erb e um protótipo de celular 5G da Mediatek.

A empresa de testes e medições de equipamentos de telecomunicações Rohde & Schwarz avisou hoje, 7, que os fabricantes de modems e de equipamentos para redes ainda têm que descobrir uma forma melhor de usar as ondas milimétricas (acima de 26 GHz) em dispositivos móveis.

Para chegar a essa conclusão, a empresa realizou um experimento com protótipo de modem 5G fabricado pela MediaTek e simulando a emissão de sinal de uma ERB 5G da China Mobile.

O resultado foi séria instabilidade de sinal e a confirmação de que as ondas milimétricas são muito suscetíveis a serem bloqueadas por barreiras de qualquer tipo. Mesmo o corpo humano, descobriu a Rohde & Schwarz, é capaz de atenuar o sinal entre 10 e 20 dB.

“Para solucionar o problema, é preciso aperfeiçoar tanto o terminal como a rede. Os designers de antenas precisam criar uma solução flexível, com múltiplas antenas e capaz de identificar qual capta o sinal mais poderoso”, avalia a empresa. Além do corpo humano, foram identificados problemas de propagação de ondas milimétricas diante de obstáculos feitos de vidro, madeira, tecido, metal. Mesmo plantas reduziram a eficiência da emissão.

A empresa ressalta, ainda, que as ondas milimétricas trarão benefícios importantes para a 5G, como ampliação da banda e maior velocidade na troca de dados. “Mas os engenheiros precisam estar cientes dos desafios de uso das altas frequências devido aos efeitos de bloqueio e de propagação de sinal”. (Com assessoria de imprensa)

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Da Redação

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