Anfavea: 20% dos veículos conectados são 2G ou 3G

Existem mais de 246 mil assinantes de conectividade 2G ou 3G junto às montadoras do país, versus 998 mil de 4G ou 5G, diz a Anfavea

Crédito: Freepik

Ao participar da consulta pública que trata do possível desligamento das redes 2G e 3G no Brasil, a Anfavea, entidade que representa montadoras, trouxe números relevantes sobre o mercado de veículos conectados. Informou que uma parte relevante deles utiliza redes dessas gerações. Mais exatamente,  19,81%, contrataram os serviços de conectividade oferecidos pelas montadoras.

Estes dados são deste mês de novembro de 2023.

“Mesmo após migração para um novo padrão tecnológico (4G/5G), os padrões antigos (2G/3G) continuam operando em veículos no campo por dependência tecnológica por muitos anos, assim como a responsabilidade das montadoras em prover peças de reposição e manutenção de serviços conectados”, afirma a associação.

Apresenta preocupação com possíveis ações judiciais em caso de descontinuidade dos serviços. “A Portaria/Normativa resultante desta Tomada de Subsídios deve incluir o direcionamento de como a questão da dependência tecnológica deverá ser tratada pelas empresas para evitar ações coletivas ou individuais dos consumidores, considerando o alto impacto de desenvolvimento, validação e uso de recursos que terão de ser providenciados pelos fabricantes de equipamentos de telecomunicações”, observa.

Com base nisso, a Anfavea propõe que o desligamento completo das redes 2G e 3G só aconteça após a chegada do 4G e do 5G a todas as cidades e após ampliação da cobertura nas estradas. O que significa esperar até 31/12/2029, em linha com as regras do leilão 5G.

Também sugere que a responsabilidade de troca dos equipamentos dos veículos seja responsabilidade apenas do consumidor, e não das fabricantes dos equipamentos de telecomunicação. A seu ver, o custo dessa substituição é alto pois envolve mexer no sistema elétrico do veículo como um todo, não apenas no rádio ou na atualização de software.

“Além dos pontos acima, sugere-se que a Anatel regulamente o uso do VoLTE à regulamentação SMP, em aplicações M2M/IoT de modo que serviços de voz possam operar em 4G ao invés de usarem 3G. Dessa forma serviços legados no 2G e 3G, como SMS e voz por comutação por circuito, sejam suportados no 4G e 5G nas suas tecnologias atuais via IP”, defendeu.

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Rafael Bucco

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