Pesquisa da FGVcia aponta existência de 424 milhões de dispositivos digitais em uso no país

Estudo mostra aumento dos investimentos em TI por parte das empresas de médio e pequeno porte. E que setor de telecom só perde para o financeiro no aporte por usuário.

Há no país 424 milhões de dispositivos digitais em uso, conforme pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGVcia). O estudo Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas foi realizado ao longo de 2019, e teve seus resultados divulgados hoje, 4. Os dispositivos digitais considerados são desktops, notebooks, tablets e smartphones.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores coletaram informações junto a 2.622 empresas, todas de porte grande ou médio. Considerando apenas os computadores (desktops ou notebooks), há 190 milhões de aparelhos em uso no país. Significa que existem 9 computadores para cada habitante.

A tendência é que haja um computador per capita em 2023 ou 2024, informou o responsável pela pesquisa, professor Fernando Meirelles. A venda anual de PCs foi de 12 milhões de unidades em 2019, segundo seus cálculos – 3% menor que em 2018. Segundo ele, com aumento do home office, haverá espera-se aumento das vendas desses equipamentos em 2020. Os smartphones são 224 milhões de unidades em uso no Brasil, calcula a FGVcia – embora 2019 tenha terminado com base de 226,5 milhões de chips móveis ativos.

Investimentos

Meirelles conta que as empresas elevaram no ano passado os investimentos em TI, que atingiram 8% da receita total, 2% a mais que em 2018. Segundo a pesquisa, na média, as empresas gastaram por ano, por usuário, R$ 52 mil. O setor que mais investiu em TI foi o financeiro, com um custo médio anual por usuário (CAPU) de R$ 114 mil. O setor de telecomunicações vem logo em seguida, com CAPU de R$ 79 mil.

O Windows continua a ser o rei entre os sistemas operacionais, com penetração no ambiente corporativo de 97%. Nos servidores, está em 77% das máquinas. O navegador de web mais usado é também da Microsoft, com 70% do mercado, seguido do Google Chrome, que tem fatia de 23%.

Mas há mercados onde a competição é feroz. É o caso do segmento de inteligência analítica. Neste ambiente, a SAP lidera, com 25% de participação. É seguida por Oracle (16%), Totvs (15%), Microsoft (14%), Qlik (13%), IBM (8%) e outros (9%).

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Rafael Bucco

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